Quando Deus Parece Que Está Longe

Na cruz, Jesus expressa uma das declarações mais humanas e, ao mesmo tempo, mais divinas de toda a Escritura. Em meio à dor e ao abandono ele ora ao Pai.

Quantas vezes nós mesmos já sentimos essa ausência de Deus? Quantas vezes nos perguntamos: “Onde está Deus no meu sofrimento?” Vamos aprender com Cristo na cruz o que essas palavras nos ensinam sobre Deus, sobre nós e sobre o propósito do sofrimento.

Ler o Texto base: Mateus 27:46 – “Por volta das três horas da tarde, Jesus bradou em alta voz: ‘Eli, Eli, lemá sabactâni?’ que significa: ‘Meu Deus! Meu Deus! Por que me desamparaste?'”

Esta frase não é sinal de desespero, mas um eco do Salmo 22, carregado de profecia, sofrimento e esperança.

Jesus experimenta a dor da separação – por nós
Naquele momento na cruz, Jesus carrega o pecado do mundo. Ele, que nunca pecou, se fez pecado por nós (2 Co 5:21). A dor do desamparo é real, mas não causada por falta de fé — é o preço do amor.

Aplicação:

Cristo se identificou plenamente com a nossa dor. Quando nos sentimos sozinhos, não estamos sozinhos. Ele já esteve nesse lugar por nós. Deus consola as nossas almas.

Jesus nos ensina que podemos falar com Deus até na dor mais profunda. Mesmo sentindo-se desamparado, Jesus ora: “Meu Deus.” Ele não deixa de se dirigir ao Pai, mesmo quando não sente a presença dEle. A fé verdadeira não nega a dor — ela conversa com Deus no meio dela.

Aplicação:

Podemos clamar, chorar, perguntar. Deus não se ofende com nossa dor sincera. Ele é um Pai que ouve até o silêncio das nossas lágrimas.

Jesus revela que o desamparo tem propósito redentor
Jesus não foi abandonado em vão. A cruz era o caminho da salvação. O silêncio de Deus naquele momento foi necessário para que a redenção se completasse. O aparente abandono era, na verdade, o ápice do plano de amor.

Aplicação: Há dores que não entendemos, mas que Deus usa para produzir algo eterno. O sofrimento, nas mãos de Deus, nunca é inútil.

Conclusão:
As palavras de Jesus na cruz não são um grito de desespero, mas uma oração de confiança em meio à escuridão. Ele foi desamparado para que nós nunca fôssemos.

Nos momentos em que parecer que Deus se calou, lembre-se: Ele já esteve lá por você. E mesmo quando tudo parece perdido, o terceiro dia sempre chega.

Desafio:
Nesta semana, tire um tempo para orar sinceramente sobre suas dores mais profundas. Fale com Deus como Jesus falou: com verdade, com vulnerabilidade e com fé. E lembre-se: o silêncio de Deus não é ausência — é gestação de algo maior.

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