Introdução
1. Estamos refletindo sobre a volta de Jesus, em cinco mensagens, no mês de setembro e no primeiro Domingo de outubro. Tendo em vista a realização da Conferência Missionária no final da quarta semana de setembro, o texto básico é Mateus 24.14.
2. Já vimos, na mensagem anterior, que os sinais são pistas, são dicas, são advertências que chamam a nossa atenção para a volta do Senhor, quando será consumada a sua obra redentora e seremos introduzidos nos novos céus e nova terra, onde habita a justiça (2 Pedro 3.9).
3. Em Mateus 24 Jesus fala dos sinais da sua volta (1-14) que será com poder e grande glória (29-31) e adverte: “…vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor” (24.42). “Por isso, ficai também vós apercebidos; porque à hora em que não cuidais o Filho do homem virá” (24.44).
4. Diante disso, devemos estar sempre preparados para a volta do Senhor. Com este objetivo, Jesus contou a parábola das dez virgens que termina assim: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mateus 25.13). Essa mensagem visa responder três perguntas básicas: Por que nos preparar? Como nos preparar? Para que nos preparar?
Porque nos preparar?
1. Porque a volta do Senhor é certa. Ele é o noivo que jamais abandona a noiva. O espírito e a noiva clamam pela vinda do noivo (Apocalipse 22.17). A noiva está sendo preparada e adornada para as bodas do Cordeiro (Apocalipse 21.2; 19.6-8). Há mais de 1800 afirmações na Bíblia que falam da volta do Senhor. A Palavra de Deus não falha. Portanto, preparemo-nos!
2. O tempo da espera é o tempo do preparo. A espera pode ser longa ou breve (2 Pedro 3.8). É a oportunidade que Deus dá a todos (2 Pedro 3.9). Com o Pentecoste, teve início “os últimos dias” (Atos 2.17) e todos terão oportunidade de invocar o nome do Senhor para a salvação antes que venha “o grande e glorioso Dia do Senhor” (Atos 2.20-21).
3. A parábola das dez virgens ensina que a demora da espera distingue o sábio do tolo: o sábio, ou prudente, prepara-se para encontrar-se com o noivo; o tolo, ou insensato deixa passar a oportunidade. Deus quer que todos sejamos sábios e prudentes.
Como nos preparar?
1. O azeite nos fala das provisões da graça de Deus para manter acesa a chama da fé e da esperança. Somos os que somos pela graça e essa graça não deve tornar-se vã em nossa vida (1Coríntios 15.10). Os recursos da graça são suficientes para a salvação e a perseverança mesmo nas crises da vida (2 Coríntios 12.7-9).
2. Devemos usar com diligência os meios que Deus nos dá para administrarmos os recursos da graça. Somos despenseiros ou administradores da multiforme (rica) graça de Deus (1 Pedro 4.10).
a. A Palavra é o combustível (azeite) que alimenta as chamas da fé e da esperança (Romanos 10.17; 15.4; Salmos 119.105). Estamos nos alimentando diariamente com a Palavra? (Mateus 4.2-4).
b. A vigilância e a oração são essenciais para permanecermos firmes na fé e perseverarmos até o final (Mateus 26. 41). O crente sábio alegra-se na esperança, é paciente na tribulação e perseverante na oração (Romanos 12.12).
c. A prática das ordenanças (sacramentos) do Senhor é essencial no preparo do crente: (1) o compromisso do batismo (Atos 2.38; Gálatas 3. 26-27); (2) a celebração da Ceia do Senhor até que ele volte (1 Coríntios 11.26). A participação da Ceia na Comunhão com is irmãos é o alimento da salvação (1Coríntios 10.16-17).
d. A edificação mútua através do exercício dos dons de cada um no Corpo de Cristo (1Pedro 4.10-11). O crente só se abastece com o azeite da graça na comunhão do Corpo de Cristo. Fora disso, ele fica sem azeite. Participar tanto das celebrações como da vida em comunidade (célula) é essencial para esse preparo, pois ministramos “uns aos outros”. Isto não seria possível sem convívio.
Para que nos preparar
1. Para sermos participantes da Ceia das bodas do Cordeiro (Apocalipse 19.9; Lucas 14.15). Ele virá para nos levar para estarmos eternamente na sua comunhão (João 14.3).
2. Para vivermos em plenitude a herança da qual temos agora a garantia, as primícias (Efésios 1.13-14; 1 Coríntios 2.9).
Conclusão
O tempo do preparo é agora. Somos desafiados: (1) a superar a inconstância dos imaturos que se deixam levar por ventos de doutrinas (Efésios 4. 13-14); (2) a nos fortalecermos através do uso diligente dos meios da graça (Palavra, oração, sacramentos, vida comprometida em comunidade) ao invés de buscar sinais e prodígios, tão em voga hoje, como se todos fossem provas de verdade (Mateus 7.21-23).
Sejamos sábios e prudentes e preparemo-nos enquanto é tempo. Caso contrário, a porta se fechará para nós como aconteceu com os incrédulos e acomodados nos dias de Noé. Ouçamos a exortação de Jesus: “Tenham cuidado, para não sobrecarregar o coração de vocês de libertinagem, bebedeira e ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vocês inesperadamente. Porque ele virá sobre todos os que vivem na face de toda a terra. Estejam sempre atentos e orem para que vocês possam escapar de tudo o que está para acontecer, e estar em pé diante do Filho do Homem” (Lucas 21.34-36).
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